Às vezes a vida é tão agitada que parece quase impossível alcançar o equilíbrio e a “vida saudável” dos quais tanto ouvimos falar.
Apesar disso, todos sabemos que a combinação de uma alimentação saudável à prática de esportes e atividades físicas é imprescindível para a nossa saúde – isso vai além de padrões estéticos, auxiliando no controle de doenças sérias como colesterol, diabetes e hipertensão e impactando o condicionamento físico, diminuindo a fadiga que muitas vezes nos abate e torna maçantes algumas atividades simples do cotidiano.
É verdade que a inserção dessas práticas na rotina deve se tornar um hábito e nem sempre essa é uma tarefa fácil, mas dar o primeiro passo unindo as duas coisas pode ser justamente o que você precisa para sentir esses benefícios na pele. Entenda como cada uma delas pode te ajudar:
Alimentação
A comida funciona como um combustível para o seu corpo, dando energia para tudo que você precisa fazer, desde se levantar da cama e encarar um dia de trabalho ou estudo até participar de uma maratona. A quantidade, a qualidade e a composição do que escolhemos como alimento impacta as funções fisiológicas do organismo (como a respiração, digestão, circulação e o funcionamento do intestino), o metabolismo (a forma como nosso corpo processa as substâncias que passam por ele) e até como nos sentimos.
Por exemplo: existem estudos científicos que ligam os aditivos alimentares – ingredientes presentes em alimentos processados – à diminuição no desejo de praticar atividades físicas, estimulando indiretamente ao sedentarismo. Ou seja, além da perda de peso, mudar a dieta e buscar uma reeducação alimentar por meio de alimentos naturais e comida saudável pode trazer a disposição necessária para começar ou voltar a se exercitar, além de melhorar o desempenho de quem já pratica algum esporte. Que tal conversar com um nutricionista e entender o que pode ser melhor para você?
Exercícios
Um dos levantamentos mais recentes da Organização Mundial da Saúde indicou que 47% dos brasileiros se esforçam pouco fisicamente, alcançando a pior classificação quando comparados aos cidadãos de outros países da América Latina e do Caribe. De acordo com o órgão, a qualidade de vida está diretamente associada à uma vida ativa, que inclua pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana organizados de acordo com a rotina de cada pessoa.
Isso impacta diretamente o condicionamento físico, que é a capacidade do seu corpo em executar atividades relacionadas à força, potência, velocidade e agilidade, equilíbrio, resistência e coordenação motora. Já na parte de dentro do corpo, isso está ligado aos sistemas respiratório, muscular e cardiovascular, associando-se à produção de energia para o que você precisa executar sem que se sinta cansado e com o corpo dolorido.
Além do condicionamento físico, a prática de esportes e outras atividades físicas contribui para o aumento da massa magra (músculos) e o funcionamento biológico, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares e reduzindo sintomas emocionais como o estresse, a ansiedade e o mau humor. O mais interessante é que muitas vezes esses sentimentos estão associados à vontade de comer – o que não significa necessariamente que você esteja com fome – e, mais especificamente, ao desejo de comer doces e outros alimentos indulgentes ao invés da sua marmita fit saudável e equilibrada.
Sabe quando você sai de casa mal-humorado para se exercitar e depois volta animado e satisfeito por ter ido? Há uma explicação para isso: enquanto você treina e se movimenta, seu cérebro entra em ação para produzir alguns hormônios que contribuem para a sensação de bem-estar – entre eles estão a endorfina, a serotonina, a dopamina e a oxitocina, também chamados por alguns pesquisadores de “quarteto da felicidade”.
- A endorfina afasta o estresse e a ansiedade, além de aliviar as tensões. Esse hormônio é um analgésico natural e traz uma sensação de bem-estar durante e após o treino, fazendo com que você se sinta feliz e nem se lembre do esforço muscular e aeróbico que acabou de fazer.
- A serotonina estimula os neurotransmissores, deixando a mente mais alerta para a tomada de decisões. Ela aumenta a sensação de positividade, aplacando sintomas de depressão. Esse é o hormônio que faz com que você se sinta orgulhoso ao final da sessão de exercícios.
- A dopamina é o hormônio que contribui para a sua motivação e sensação de propósito, quando assim que você termina o treino se sente estimulado a continuar praticando e seguindo na rotina saudável.
- A oxitocina é o hormônio que impacta as relações interpessoais e a confiança, melhorando também o desempenho esportivo.
Ou seja, se alimentar bem pode fazer com que você se sinta mais disposto a se exercitar e praticar exercícios físicos pode fazer com que você queira se alimentar melhor. Juntos, ambos podem contribuir para que você se sinta melhor com a sua mente, saúde emocional e até tenha melhores noites de sono. Que tal dar uma chance para essa dupla?